A ansiedade se refere a uma sensação de desprazer, é um desequilíbrio tensional. Tal acometimento afasta o sujeito tanto de um equilíbrio psíquico (mental) quanto fisiológico (físico), pois é uma resposta do organismo a uma ameaça (mecanismo de defesa), que na maioria das vezes é desconhecida pelo próprio sujeito. Entretanto, esta resposta (ansiosa) tem alguma razão de ser, sempre há uma história que se relaciona ao sintoma apresentado.

Quando pensamos em ansiedade, há duas formas recorrentes que nos vem à tona. A ansiedade que se relaciona ao medo, na qual há uma ameaça externa que intimida à integridade física do sujeito e a ansiedade relacionada ao pânico/depressão, que se relaciona há uma ameaça da perda de um vínculo, algo que ameaça a existência do sujeito. Desamparo.

Quando o sujeito chega ao ápice da tensão pode ocorrer um ataque de pânico/ansiedade. Nesse caso, ocorre um descontrole tensional no sujeito e ele tem a sensação de que pode morrer devido aos sintomas apresentados (ex: taquicardia, falta de ar, dor no peito), mas ele não vai, e é importante saber disso. Nesse momento, é essencial parar e deixar a crise passar. Focar no ambiente e respirar lentamente e de forma profunda pode auxiliar (respiração diafragmática).

Contudo, apenas controlar as crises não deve ser o objetivo do tratamento, mas sim impedir que elas ocorram. Por isso, na maioria dos casos, apenas o tratamento medicamentoso não é suficiente para resolver a questão, embora em determinadas situações ele seja imprescindível.

Entender qual é a situação que ameaça o sujeito é o caminho para resolver tal mal-estar, caso contrário, ele se repetirá de forma indiscriminada e recorrente, podendo gerar um transtorno que afeta a vida de maneira global.

A psicoterapia/análise é um lugar de escuta qualificada que favorece o compartilhamento dos afetos, a (re)construção da história do sujeito e do sintoma e a elaboração de caminhos inéditos para a superação de tal sofrimento.